sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1º Módulo - 1 e 2 de Outubro (Reflexão)

Nos passados dias 1 e 2 de Outubro, frequentei o primeiro módulo da formação no Âmbito dos Novos Programas de Português para o Ensino Básico.
Foi assim com regozijo que revi colegas e tive a oportunidade e o privilégio de participar nos trabalhos que se desenvolveram ao longo desses dois dias.
Depois da sessão de abertura com a representante da DREF, Dra Lucília Gonçalves e de uma comunicação de enquadramento geral do curso a cargo da professora Dra Susana Leal, os trabalhos continuaram com a apresentação do curso e da sua organização, partindo, depois, para uma contextualização do novo programa, assim como para a apresentação dos seus fundamentos e conceitos-chaves. O dia terminou com um trabalho de grupo que consistiu numa análise do programa com base num guião de leitura.
Neste primeiro momento de trabalho prático, tivemos a oportunidade de folhear o programa, o que se tornou bastante enriquecedor, embora nem sempre fácil devido à incipiente leitura prévia do mesmo.
Ao apresentarmos o resultado da análise do programa, feita com membros dos vários níveis de ensino, pudemos completar e confrontar respostas, o que se revelou muito proveitoso.
O momento mais importante da formação surgiu aquando da apresentação da comunicação sobre as competências do oral. Aí, pude, com alguma angústia, certificar-me que, embora já tenha ensaiado alguns momentos de trabalho da oralidade, o que tenho feito nos últimos tempos ,no que diz respeito a esta competência, é praticamente a avaliação da compreensão oral de textos e a avaliação da expressão oral através da apresentação das leituras recreativas. Não posso, no entanto, esquecer que no início do ano lectivo, junto com outras duas colegas tentámos uma avaliação de diagnóstico, baseada numa leitura de imagens, devidamente planificada com os alunos do sétimo ano.
E agora permitam-me a partilha:
O que mais apreciei na formação: tomar consciência da realidade de outras escolas e de outros colegas.
O que mais me agradou: a valorização do conhecimento explícito da língua e da oficina de escrita.
O que mais me angustia: a dificuldade de criar materiais para o desenvolvimento da competência da oralidade (Onde encontrar os documentos audiovisuais? Como gravar os programas? Como definir a variedade e a qualidade do corpus textual ?).
O que me deixou satisfeita: as recomendações da conferência Internacional sobre o Ensino do Português (7 a 9 de Maio), mais especificamente o que diz respeito ao papel do professor na denúncia do erro, na transmissão de uma cultura literária refinada, no reforço do ensino da gramática, e naquela expressão magistral “seja culto, exigente e claro na denúncia do erro”.
O que menos me agradou: as intervenções por mim consideradas de menos pertinentes, que nos fizeram, depois, optar por uma gestão de tempo menos enriquecedora, uma vez que a competência da oralidade poderia ter sido trabalhada com mais profundidade e com uma concretização mais intensa de exemplos.
O que mais me preocupa: estar à altura das expectativas dos meus colegas da escola. Serei capaz de replicar devidamente? Conseguirei motivá-los para o longo e árduo trabalho que temos pela frente?
A minha frase preferida: “ Se eu sei ensinar isso, corre bem!” da autoria da formadora Filomena Morais.
Que grande verdade! Não basta sabermos muito sobre um assunto, é preciso encontrar a forma mais interessante, mais cativante, mais organizada, mais eficaz de ensinar esse mesmo conteúdo, e até mesmo de desenvolver essa competência.
A verdade que dói: “O manual é uma leitura do programa” - Quantas e quantas vezes, procuro operacionalizações, soluções, materiais, nos manuais, não indo directamente ao programa e aí assumo o “ mea culpa”, embora ache que ao longo desses anos tenha sabido, quase sempre, separar o trigo do jóio em relação às propostas trazidas pelos manuais.
A minha esperança: conseguir ultrapassar todas as minhas lacunas no domínio das novas tecnologias e compilar o meu e-portefólio.
A minha maior esperança: chegar a Junho com a certeza do dever cumprido e com a firme convicção de que fiz o meu melhor.
O que me anima: a certeza de que estou a crescer como profissional e de que está nas minhas mãos contribuir para que outros também possam repensar as suas práticas de ensino e de avaliação.
O que me deixa receosa: não ter ainda contribuído para o enriquecimento da formação on-line, com a participação nos fórum, chat,….
O que me deixa tranquila: Já ter dinamizado a primeira sessão de acompanhamento (dia 22 de Outubro) e ter feito uma auto-avaliação positiva da minha prestação.

Que reflexão sobre o primeiro módulo de formação?

Depois de tudo o que vi e ouvi, tenho algumas certezas: preciso de estudar afincadamente o programa para depois reformular a minha prática lectiva; não posso continuar a centrar a actuação nos conteúdos e depois procurar as competências que poderei desenvolver.

Sem comentários:

Enviar um comentário