terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Trabalho do 1º Módulo ( aperfeiçoado individualmente)

Organização programática --Guião de Análise
1º ciclo
1.Organização do programa do 1º ciclo do Ensino Básico
O programa do 1º ciclo do Ensino Básico está organizado em dois momentos: primeiro momento destinado aos primeiro e segundo anos; segundo momento destinado aos terceiro e quarto anos.

2.Traços distintivos entre o primeiro e o segundo momentos do 1º ciclo.
No primeiro momento, é valorizada a oralidade pela sua dupla função carácter adaptativo e de capacitação dos alunos. É também nesta fase que os alunos tomam consciência das relações essenciais entre a língua falada e a língua escrita e se desenvolvem as condições básicas para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Quanto ao segundo momento, assume-se como fundamental o modo como o texto escrito se organiza com o uso correcto da pontuação, o alargamento do reportório lexical e o domínio de uma sintaxe mais elaborada. No domínio da leitura, processa-se a aprendizagem gradual de procedimentos de compreensão e de interpretação textual, associados à promoção do desenvolvimento linguístico dos alunos, à sua formação como leitores e à ampliação do conhecimento experimental sobre a vida e o mundo. É ainda nesse momento que o convívio com textos literários adequados à faixa etária e a descoberta de diversas modalidades de texto possibilitam o desenvolvimento da rapidez e da fluência necessárias à sua formação enquanto leitores.

3. Resultados esperados nas competências específicas de compreensão do oral e de expressão oral.
Compreensão do oral
1º momento
2º momento
Ø Saber escutar para reproduzir pequenas mensagens e para cumprir ordens e pedidos.
Ø Prestar atenção a breves discursos sobre assuntos que lhe são familiares, retendo o essencial da mensagem.
Ø Compreender o essencial de histórias contadas, de poemas e de textos da tradição oral.
Ø Saber escutar, para organizar e reter informação essencial, discursos breves em português padrão com algum grau de formalidade.
Ø Distinguir entre facto e opinião, informação implícita e explícita, o que é essencial do que é acessório.


Expressão Oral
1º momento
2º momento
Ø Falar de forma clara e audível.
Ø Esperar a sua vez, saber pedir a palavra.
Ø Formular pedidos e perguntas tendo em conta a situação e o interlocutor.
Ø Narrar situações vividas e imaginadas.


Ø Pedir e tomar a palavra e respeitar o tempo de palavra dos outros.
Ø Planificar e apresentar exposições breves sobre temas variados.
Ø Produzir breves discursos orais em português padrão com vocabulário e estruturas gramaticais adequados.

4. Heterogeneidade de textos a privilegiar no 1º Ciclo.
Ao longo do 1º ciclo, os alunos devem contactar com múltiplos textos em diferentes suportes e formatos, de diferentes tipos e com finalidades distintas, considerando o domínio do texto literário e o do não literário. No que diz respeito aos textos literários, devem merecer atenção tanto os textos clássicos como os contemporâneos, tanto os de autores portugueses como os de autores estrangeiros, cobrindo um vasto leque de géneros, incluindo textos do maravilhoso e do fantástico, narrativas com


forte ligação ao real, narrativas de aventura, textos dramáticos, fábulas, lendas, mitos, poesias, textos de literatura popular e tradicional, biografias e relatos históricos, entre outros. Em relação aos textos não literários, são os que possibilitam diferentes formas de representar e de organizar a informação (descrição, comparação e contraste, causa e efeito, sequência e enumeração, mapas, gráficos, tabelas e esquemas diversos, entre outros) que devem ser seleccionados, a par dos textos do quotidiano, aos quais recorremos para nos inserirmos no meio em que vivemos: notícias, bilhetes, formulários, instruções, horários, informação que consta nas embalagens dos produtos de consumo habitual, etc.

5. Expressões relevantes que dão a dimensão da concepção de exercícios efectivos de escrita para os alunos do 1º Ciclo.
A aprendizagem da escrita implica o desenvolvimento de três competências: a competência gráfica (relativa ao desenho das letras); a competência ortográfica (relativa ao domínio das convenções da escrita); a competência compositiva (relativa aos modos de organização das expressões linguísticas para formar um texto).

6. Etapas da planificação das actividades de escrita.
As actividades de escrita desenvolvem-se a partir de três componentes: planificação, textualização e revisão.

7. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
Todo o processo de escrita é organizado, executado e avaliado sob a regulação do professor.

8. Actividades que promovem a transformação do conhecimento implícito em conhecimento explícito da língua.
O conhecimento explícito da língua é transversal às várias competências específicas (compreensão e expressão oral, leitura e escrita), devendo, no entanto, merecer um cuidado especial e momentos de trabalho autónomo – trabalho oficinal.

9. Aspecto relevante introduzido pelo actual programa no que concerne a procedimentos de acesso à informação.
O aspecto relevante refere-se à utilização das tecnologias da informação e comunicação (valorização das TIC), assim como a uma sala de aula equipada com referenciais expostos e de fácil acessibilidade, de forma a possibilitar ao aluno o trabalho autónomo.

2º ciclo

1. Organização do programa do 2º Ciclo do Ensino Básico.
Na elaboração do texto programático são adoptadas, como quadro de referência, as competências gerais e as cinco competências específicas definidas no Currículo Nacional do Ensino Básico (CNEB): compreensão do oral, expressão oral, leitura, escrita e conhecimento explícito da língua.
Em relação às cinco competências, considera-se que é no 5º ano que se consolidam as aprendizagens realizadas no 1º ciclo e que é no 6º ano que se lançam os alicerces para as aprendizagens que virão a ter lugar no 3º ciclo. Assim, o 5º ano deve implicar o alargamento do repertório lexical, a consolidação de estruturas gramaticais complexas, a manipulação de dados e tipologias textuais em diferentes suportes. O 6º ano deve privilegiar a distinção clara entre modalidades discursivas informais e formais e o uso adequado destas últimas; o desenvolvimento da fluência na leitura e da proficiência na construção de sentido(s) no modo escrito e no modo oral; um maior investimento na planificação, na textualização e na revisão de textos.








2. Relação de progressão no que respeita aos resultados esperados nas competências específicas de compreensão do oral e de expressão oral no 1º e 2º Ciclos.
Os resultados esperados nas competências específicas de compreensão e expressão oral obedecem ao princípio da progressão, não podendo os alunos avançar sem terem adquirido as competências do ciclo anterior.
Ex: 3º e 4º anos – “Distinguir entre facto e opinião, informação implícita e explícita, o que é essencial do que é acessório” / 5º e 6º anos – “Interpretar a informação ouvida, distinguindo o facto da opinião, o essencial do acessório, a informação explícita da informação implícita”.

3. Critérios para a constituição dos corpora textuais no 2º ciclo.
O “corpus textual”deve ser enquadrado pelo Projecto Curricular de Turma ou pelo Projecto Educativo de Escola e atender a cinco critérios prioritários: a representatividade e qualidade dos textos; a integridade das obras; a diversidade textual; a progressão e a intertextualidade.

4. Explicitação de resultados esperados na escrita no 2º Ciclo.
A nível da escrita, os alunos deverão ser capazes de:
§ Escrever para responder a diferentes propostas de trabalho, recorrendo a técnicas de selecção, registo, organização e transmissão da informação.
§ Utilizar com autonomia processos de planificação, textualização e revisão, com recurso a instrumentos de apoio e ferramentas informáticas.
§ Escrever em termos pessoais e criativos, em diferentes suportes e num registo adequado ao leitor visado, adoptando as convenções próprias do tipo de texto.
§ Produzir textos coerentes e coesos em português padrão, com tema de abertura e fecho congruente, com uma demarcação clara de parágrafos e períodos e com uso correcto da ortografia e da pontuação.

5. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
A escrita processual decorre sob a orientação do professor, que cria momentos específicos de trabalho de oficina de escrita.

6. Actividades que promovem a transformação do conhecimento explícito da língua.
Reinvestido na melhoria dos desempenhos nas outras competências, as actividades de oficina de escrita e laboratório de língua são formas de transformação do conhecimento explícito da língua.

7. Formas de utilização das TIC no apoio ao trabalho nas competências específicas.
As TIC devem ser utilizadas como ferramentas de apoio ao trabalho nas competências específicas. Assim, importa dar ao aluno oportunidades para:
§ Utilizar criticamente a Internet na busca e no tratamento de informação multimodal, em função de diferentes objectivos de estudo;
§ Utilizar programas informáticos tendo em vista uma apresentação cuidada de trabalhos;
§ Utilizar programas de processamento e edição de texto para as tarefas de revisão da escrita;
§ Trocar e partilhar informação por via electrónica, respeitando regras de comportamento no uso da Internet;
§ Ser crítico, relativamente ao uso das TIC no acesso à informação, na resolução de problemas ou na produção de trabalho criativo.

3º Ciclo
1. Organização do programa do 3º Ciclo do Ensino Básico.
O programa do 3º ciclo está organizado pressupondo a compreensão da adolescência como um período associado a transformações nas dimensões cognitiva, física, afectivo-emocional e sociocultural. Assegura-se, assim, situações didácticas que possam contribuir para a formação do indivíduo, ampliando as suas possibilidades de participação no exercício da cidadania.



2. Traços distintivos entre o 2º e o 3º ciclos.
§ A não separação entre compreensão e expressão oral no 3º ciclo;
§ Desenvolvimento da capacidade de pesquisa;
§ Alargamento e complexificação de formas de raciocínio, de organização e de comunicação de saberes e pontos de vista pessoais;
§ Uso reflexivo da linguagem;
§ (…)
3. “Corpus textual” a privilegiar no 3º ciclo.
Este “corpus” surge no Programa sob a forma de “mínimos referenciais”. Ver por isso página 138.

4. Expressões relevantes que dão a dimensão da concepção de exercícios efectivos de escrita para os alunos do 3º Ciclo.
No 3º ciclo, o exercício da escrita visa a consolidação das aprendizagens relativas aos formatos textuais mais familiares e usuais, passando também pelos textos de cunho pessoal e pelo alargamento da experiência da escrita a formatos textuais mais complexos (texto argumentativo). Para além disso, é também importante a apropriação mais sistematizada do conhecimento e de hábitos de planificação do discurso, assim como o trabalho de revisão de textos, feito autonomamente, com o professor ou em colectivo, proporcionando uma reflexão aos alunos e assim a correcção dos erros, clarificação de ideias e reorganização do texto. Com a ajuda do professor, os alunos interiorizam mecanismos de autocorrecção.

5. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
O professor deve proporcionar aos alunos experiências em que eles desenvolvam a capacidade de produzir textos para narrar, descrever, expor, explicar, comentar ou argumentar, integrados em projectos de escrita com ligação ao trabalho sobre os textos literários. O professor tem, antes de mais, um papel de apoio junto do aluno que se quer cada vez mais autónomo.

6. Actividades que promovem a transformação do conhecimento explícito da língua.
O CEL é trabalhado através de actividades de sistematização, actividades de carácter oficinal, reflexões sobre a língua, participação na construção de utensílios,…

7. Um exemplo da progressão vertical interciclos, a partir de um descritor de desempenho.

Ler para apreciar textos variados
Ciclo de ensino
Descritor de desempenho
1º ciclo
Ler e ouvir ler obras de literatura para a infância e reagir ao texto.
2º ciclo
Seleccionar, por sua iniciativa e de acordo com o seu gosto pessoal, obras
de extensão e complexidade crescente.
3º ciclo
Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão
e complexidade dos livros e outros materiais que selecciona.

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