quarta-feira, 30 de junho de 2010

Reflexão 4º Módulo

Reflexão do módulo IV

Duas expressões-chave para esta reflexão:” Escrita” e “Sequências didácticas”.
Em relação à primeira, alguma satisfação e muita vontade de aprender e fazer cada vez melhor. Em relação à segunda, muitas dúvidas e apenas alguns conceitos que fazem sentido articulados, mas que, neste momento, me parecem uma tarefa quase inexequível.
Mais uma vez o guião de implementação do programa (GIP), neste caso o da escrita, constitui um instrumento valioso para os professores. A sua estrutura é apropriada à sua funcionalidade e nele os docentes têm uma ferramenta indispensável para operacionalizar a competência da escrita à luz dos Novos Programas de Português.
No entanto, ao transpor para o terreno, a sala de aula com uma turma de vinte e seis alunos, esta forma de ensinar a escrever, deparamo-nos com obstáculos quase intransponíveis: Como conseguir acompanhar cada um dos alunos? Como fazê-los compreender a importância da actividade, quando temos alunos que não valorizam a escola e as aprendizagens? Como conseguir que o tempo dispendido nas actividades de escrita na sala de aula não se revele pouco profícuo para os que recusam o esforço que a actividade exige? Sim, porque escrever é difícil, é penoso e exige muita coragem e dedicação, competências que os nossos alunos pouco valorizam hoje em dia, já que eles próprios são o resultado de uma sociedade cada vez mais adepta do rápido, fácil e acessível.
Por mais que pense, reflicta, releia o GIP, continuo a considerar o papel exigido ao Novo Professor demiúrgico. Só um ser superior poderá abranger e operacionalizar todas as tarefas propostas, todavia, mantenho a convicção e a força para enfrentar estes desafios, até porque, ser professor é isso mesmo: reinventar-se todos os dias, a cada aula, a cada momento; reconquistar confianças e desenvolver auto-conceitos capazes de sucesso junto dos alunos; recriar ambientes facilitadores; refazer aprendizagens; recuperar energias todos os dias, a cada dia, a cada hora, com cada turma; …
Estou certa que já desenvolvi e desenvolvo umas ténues e insípidas Oficinas de Escrita, contudo, no próximo ano lectivo, comprometo-me a aperfeiçoar a minha prestação. Se é verdade que, geralmente, preparo minimamente a actividade e forneço indicações precisas através de listas de verificação, cedo, devido à ânsia de aproveitar o tempo e à agonia de ter elementos de avaliação, me transformo no professor avaliador em vez de continuar por mais algum tempo no papel de mediador e treinador. Sendo assim, tenho “queimado” algumas etapas de revisão, avançando eu com a solução, permitindo, depois, ao aluno uma reescrita orientada.

Quanto às “Sequências Didácticas”, em relação ao que foi exposto e interiorizado no módulo III, reconheço que existe uma evolução significativa. Neste momento, a grelha parece-me excelente, os princípios orientadores por ela preconizados são irrefutáveis, mas, eu, professora já no décimo oitavo ano de serviço, confesso a minha debilidade e singeleza face à grandeza da tarefa que me é proposta. Com uma linguagem metafórica, sinto-me qual Vasco da Gama agarrado ao leme frente ao Mostrengo. Mas talvez como a grande personalidade da Nossa História e da Nossa Cultura consiga enfrentar o inimigo e, em prol do sucesso dos meus alunos e do meu brio profissional, me agarre ao leme e com vontade, estudo, persistência e trabalho colaborativo com os meus colegas alcance sequências eficazes, produtivas e geradoras de novas sequências cada vez mais convincentes e fecundas.

E aqui termina a minha última reflexão sobre a Implementação dos Novos Programas. Foi uma caminhada longa, mas bastante enriquecedora. Ao olhar para trás, para o início de Outubro, revejo com satisfação todo o percurso feito. Pessoalmente, se tivesse mais disponibilidade poderia ter feito melhor, todavia cumpri o que me foi proposto com profissionalismo, dedicação, discrição e primei sempre por não enviesar as dinâmicas veiculadas junto dos meus colegas.
Espero, no próximo ano lectivo, continuar a fazer parte deste grupo de trabalho e, assim, poder contribuir com o meu esforço, a minha dedicação e a minha experiência para uma Implementação verdadeira, eficaz e bem sucedida dos Novos Programas de Português para o Ensino Básico.

Ponta Delgada, 29 de Junho de 2010
Rute Melo e Sousa

Materiais da 6ª Sessão de Acompanhamento






(Aconselha-se a visualização desta última apresentação em modo de ecrã inteiro. )

6ªSessão de Acompanhamento

Balanço da 6ª sessão de Acompanhamento

Ponto 1

Hoje, dia 29 de Junho, pelas nove horas da manhã e com uma duração de quase quatro horas, decorreu a 6ª sessão de replicação dos Novos Programas na Escola Secundária Domingos Rebelo.
Mais uma vez, atempadamente convocados, os docentes deram início aos trabalhos com a aprovação da acta da reunião anterior, partindo depois para a abordagem do primeiro ponto da ordem de trabalhos : “ Sequências Didácticas”.
Através da projecção de um powerpoint da autoria da professora replicadora, foram dadas indicações importantes sobre o assunto em análise, abrangendo sempre as dúvidas, as reflexões e os comentários dos colegas. Depois da projecção do material de apoio fornecido pelos formadores, foi entregue em papel a versão final de sequência didáctica organizada pelo grupo da replicadora aquando do Módulo IV de formação. Este documento foi, assim, alvo de uma leitura e interpretação atentas , assim como o esclarecimento colocado na plataforma pela formadora Filomena Morais.
Numa segunda parte da sessão, depois da partilha de dúvidas e ansiedades , de vários pedidos de esclarecimento e de uma breve referência à sequência intitulada “Alerta Amarelo”, o grupo de trabalho centrou a sua atenção no GIP da escrita.
Sendo assim, para além do material de apoio do módulo IV, a professora replicadora apresentou algumas frases lapidares do GIP, proporcionou o visionamento de um excerto da famosa entrevista de Mário Crespo a António Lobo Antunes, pedindo, depois, aos colegas que, em grupo, fizessem uma breve reflexão sobre os aspectos positivos e menos positivos das actividades previstas no GIP para o 3º ciclo.
A sessão de trabalhos terminou com a apresentação das considerações dos colegas, tendo o grupo apreciado o texto encorajador enviado pela Senhora Directora Regional, doutora Fabíola Cardoso.
Antes de encerrar os trabalhos, a docente dinamizadora da reunião entregou em versão papel a sistematização gentilmente fornecida pela Doutora Helena Montenegro e que versa vários conteúdos do Conhecimento Explícito da Língua. Os docentes concordaram que era preferível, durante as próximas semanas, fazerem um estudo solitário desse material antes de um momento de partilha e de leitura em conjunto.


Ponto 2

A grande dificuldade que tive nesta sessão foi a de conseguir agendá-la, perante a sobrecarga de trabalho que todos temos tido. Desta maneira se justifica esta data tão tardia, salientando que, mesmo assim, a reunião surgiu antes de três reuniões com directores de turma para preparação de matrículas e de uma entrega de avaliações aos encarregados de educação.

Ponto 3
Mais uma vez os colegas reconhecem as potencialidades do Novo Programa, confirmam a grandeza do trabalho por desenvolvimento de competências e descritores de desempenho, acreditam nas hipóteses de criarmos cidadãos com uma literacia superior, mas, desconfiam da capacidade de operacionalização das dinâmicas do Novo Programa mantendo-se o número de alunos por turma, as condições de trabalho das salas de aula não apetrechadas, a carga lectiva horária semanal da disciplina, a falta de cultura escolar e de valorização do conhecimento de muitos dos nossos alunos, o número de turmas atribuído a cada docente e a reduzida disponibilidade efectiva de componente não lectiva dos professores que lhes permita trabalhar em parceria, preparar as suas actividades lectivas e acompanhar devidamente os progressos dos seus alunos, especialmente, a nível da escrita.

Ponta Delgada, 29 de Junho de 2010
Rute Melo e Sousa

sábado, 17 de abril de 2010

powerpoint de apoio à 5ª sessão

Decorreu quinta-feira, dia 15 de Abril, a quinta sessão de replicação na Escola Secundária Domingos Rebelo.
Depois de alguns esclarecimentos sobre a implantação dos Novos Programas e a aprovação das actas das duas reuniões anteriores, iniciámos a sessão com o visionamento dos testemunhos presentes no site do Plano Nacional de Leitura. Tentei, desta forma, motivar os meus colegas para a competência da Leitura e apresentar-lhes algumas sugestões de abordagem deste recurso audiovisual com os alunos: brainstorming sobre a leitura; exercícios de compreensão oral; interacção oral sobre os testemunhos preferidos; debate; …
A partir deste recurso, desenvolvemos um momento de partilha sobre a importância da leitura, a educação para a leitura, o papel da família, actividades já desenvolvidas para incutir e desenvolver hábitos de leitura, …
O conceito de professor-mediador mereceu também a nossa atenção e inquietação, já que sem a presença da família não é possível desenvolver hábitos consistentes de leitura. Outro aspecto importante relaciona-se com o apetrechamento da Biblioteca da nossa escola de acordo com a lista de obras apresentadas no programa.
Sensibilizei, depois, os colegas para a importância da definição de um Plano anual de leituras da turma, embora estas devam ser organizadas no Departamento Curricular não se prevendo a exequibilidade de o docente ter uma lista diferente para cada turma que lecciona. Alertei ainda para o facto desta lista estar circunscrita aos referenciais mínimos, ao referencial de textos, à lista de obras e à relação de títulos da nossa Biblioteca.
Em seguida, projectei um powerpoint com algumas frases/expressões-chave retiradas do GIP da leitura, divulgando também os recursos “ A educação literária” e “Contextos promotores da leitura” disponibilizados na Formação através de diapositivos.
Já numa fase final da reunião, relembrei os resultados esperados na Leitura para o 3º ciclo, acautelando a existência de três fases no desenvolvimento das actividades da competência da leitura: pré-leitura; leitura; pós-leitura (discussão/ interpretar /problematizar).
Antes de terminar a sessão, assinalei a importância da diversificação dos textos e das actividades de leitura, recordando que o professor deve ter uma noção concreta da utilidade do texto que vai levar até aos alunos, não tendo a veleidade de fazer tudo com o mesmo texto.

Nesta sessão foi novamente levantada a questão da carga lectiva da disciplina de Língua Portuguesa considerada insuficiente para poder operacionalizar as dinâmicas do novo programa. Para além disso, os colegas foram unânimes na necessidade de colaboração da família para inspirar e ampliar hábitos de leitura imprescindíveis para uma consistente aprendizagem da língua e da sua aplicação na escrita. Outras questões levantadas prendem--se com o elevado número de alunos por turma e o número de turmas de Língua Portuguesa distribuídas a cada docente.

No que diz respeito à próxima sessão de replicação, aguardo a publicação na plataforma das sequências didácticas, já que neste momento ainda não considero ter a informação suficiente e preciso de comparar o trabalho do meu grupo com outros para poder dinamizar uma sessão sobre esta temática.

domingo, 11 de abril de 2010

Reflexão 3º módulo

11 de Fevereiro de 2010. Iniciámos o Módulo III com a observação de um vídeo disponível em www.planonacionaldeleitura.gov.pt. Os testemunhos aí apresentados e protagonizados por pessoas conhecidas do público em geral são bem a evidência da importância da leitura: quer se leia para sonhar, viajar, aprender, como diz Diogo Infante, quer se veja nos livros cúmplices como diz Catarina Furtado, quer se compare a leitura ao desporto, como Figo, quer se aceite o desafio de Jorge Sampaio, o importante é perceber que os livros são como as cerejas na definição metafórica e magistral de Bárbara Guimarães.
Para além de considerar interessante a forma como demos início à formação, logo pensei que também eu deveria começar a minha quinta sessão de replicação com o visionamento dos mesmos testemunhos, e mais ainda, deveria urgentemente preparar uma actividade para divulgar o endereço electrónico aos meus alunos e, mais uma vez tentar motivá-los para a importância e riqueza da leitura.
Como professora do 3º ciclo, o que mais posso fazer? É verdade que de uma forma mais ou menos voluntária todos os meus alunos preenchem uma ficha de leitura recreativa e apresentam posteriormente a obra lida. Tenho sempre tentado que haja momentos específicos de partilha das leituras, nem que seja nas últimas aulas do período, como é preconizado na nota 4 da página 124 do NPPEB. Foi ainda com grande regozijo que acompanhei as minhas turmas à última feira do livro e os animei na leitura e compra de algumas obras. Mas de tudo o que já foi dito há ainda dois aspectos a realçar: primeiro a extrema satisfação que sinto quando um aluno pede a outro o livro que o primeiro acabou de apresentar para também ele poder desfrutar do texto; segundo o desânimo momentâneo perante aquele aluno que afirma não ter livros em casa, ou pior, que não gosta de ler. Sinto que preciso descobrir a receita ideal, já que defendo que se escreve bem quando se lê e quem lê escreve melhor. Daí que no início do 3º Período vá criar um momento de interacção oral a partir do visionamento dos testemunhos.
Depois deste momento de arranque, fomos confrontados com uma actividade individual que nos permitiria seleccionar um de três textos e propor um conjunto de actividades. Mais uma vez foi interessante verificar a diversidade de propostas e de opiniões, mesmo tendo em conta o facto de pertencermos a três ciclos de ensino diferentes. Realmente o poder de criação do professor é irrefutável!

Da apresentação de um conjunto de powerpoint sobre “A educação literária”, interiorizei a necessidade de diversificar, de ler com um propósito bem definido, sem a tentação de que o mesmo texto sirva para tudo, e sobretudo que “a maturação dos jovens leitores não pode dispensar o contacto com textos literários de qualidade, pois estes dar-lhes-ão, para lá de uma mundividência ímpar, uma consciência crítica do património linguístico e cultural que enforma uma identidade nacional e, também, universal”. Mas a realidade não é tão fácil de controlar : garantir o acesso dos alunos às obras, dinamizar as bibliotecas, seleccionar os manuais, acautelar a aquisição de livros por parte da biblioteca escolar,…
A actividade que finalizou a sessão da manhã foi também bastante enriquecedora, ainda que um pouco inquietante, já que elaborar um plano de leituras para um ano lectivo é uma tarefa bastante intrincada pelas mais variadas razões: os critérios e pressupostos delineados no programa; as propostas de listas de leituras recomendadas pelo PRL; as características dos alunos das turmas; a disponibilização das obras; as propostas dos manuais adoptados; …
Esta é, talvez, a minha maior preocupação. Para além de precisar de urgentemente conhecer todas as novas propostas de leituras, saber quais seleccionar, como encadear, o que fazer com elas, é realmente uma tarefa, quase quimérica. Sei que temos que ser mais criteriosos do que nunca na hipotética selecção de um manual, por isso já coloquei a hipótese de ser mais viável não adoptar nenhum. Como será possível criar um manual que dê resposta a todos os pressupostos do programa? Mas esta reflexão já nos leva à questão das sequências didácticas que será abordada mais à frente.
Aquando da actividade proposta, foi-nos também pedido que discutíssemos as vantagens de um plano de leituras para cada turma e a sua exequibilidade. Certamente que as vantagens seriam imensas, porque adequar os textos à turma será uma forma de os implicar mais na aprendizagem, mas para um professor com um mínimo de quatro turmas será uma opção bastante envolvente que ultrapassa qualquer limite de componente lectiva e não lectiva do horário de um docente. Deveremos, por isso, para além de advogar a importância da interdisciplinaridade e a plena concretização e dinamização do projecto curricular de turma, fazer a selecção das leituras em Departamento, permitindo, no entanto, uma flexibilização que dê conta das especificidades das turmas, sobretudo nas escolas, como a minha, em que são elaboradas turmas de nível.
Mais uma vez a apresentação das propostas dos vários grupos revelou-se uma actividade relevante para a compreensão das dinâmicas dos outros ciclos de ensino.
Da segunda parte da sessão do primeiro dia, tenho ainda a realçar a apresentação dos critérios de avaliação dos portefólios dos formandos e o balanço feito pelos formadores. Reconheço, assim, as fragilidades das reflexões anteriores, mas assumo que, perante as limitações de tempo, a minha prioridade está na preparação dos momentos de replicação, na tentativa de transmitir, sem minimamente enviesar, a informação.
Ainda em relação à leitura e à promoção de contextos de leitura, tenho a lastimar o facto de dificilmente conseguir aplicar a maioria das propostas apresentadas, já que estão direccionadas para alunos muito mais jovens do que os meus. Tenho, contudo, a esperança de conseguir, nos próximos tempos, recriar algumas das actividades e adequá-las aos alunos do terceiro ciclo. Talvez seja possível ajustar “A Roda dos Livros” , enriquecendo a simples apresentação oral das leituras recreativas, ainda que não esqueça as actividades das “Semanas da Leitura” que têm sido implementadas na minha escola nos últimos dois anos e que são também elas momentos óptimos de partilha de leituras.
Outro aspecto que neste momento merece a minha atenção, já numa fase posterior à formação e decorrente do estudo do GIP da Leitura, é o faseamento das actividades: pré-leitura; leitura; pós-leitura. Com toda a sinceridade, não julgo ter sempre em conta a primeira fase e reconheço a necessidade de o fazer daqui para a frente, pelo menos de uma forma mais criativa e apelativa.

12 de Fevereiro de 2010. Segundo dia de formação. Julgo que algumas questões levantadas nesta fase da formação não se revelaram muito pertinentes e, pelo contrário, desviaram-nos do cumprimento integral das actividades inicialmente anunciadas. A meu ver, teria sido muito mais profícuo termos realmente dedicado mais tempo à elaboração das sequências didácticas e, especialmente, à sua apresentação e debate. Restam-me imensas dúvidas em relação à sequência “ensaiada” com as minhas colegas de grupo. Se o trabalho feito me parece consistente e coerente, não me parece suficientemente sólida a dinâmica de uma planificação partindo dos descritores de desempenho. Aceito, no entanto, que a minha visão esteja enevoada pelas enraizadas planificações de conteúdos, mas também é certo que já nos últimos anos tenho tido a preocupação de organizar sequências didácticas com alicerce no desenvolvimento de competências. Neste momento, se acho praticável uma ou outra sequência sustentada nos descritores de desempenho, também temo a falta de rentabilização, já que a exigência dos Novos Programas não se compadece com a redundância, a ausência de sustentabilidade, a falta de sentido de progressão e complexidade, a inexistência de articulação, a escassez de eficácia, pertinência e funcionalidade na organização dos documentos de planificação.
Gostaria ainda de referir que a ideia de que uma sequência conduz sempre à produção de um único produto final, desenvolvendo uma competência foco, me parece redutora, já que ao longo do desenvolvimento da sequência e através da articulação das várias competências associadas são originados vários produtos ou mini-produtos, se quisermos ser mais rigorosos. Contudo, admito que deverei aprofundar o conceito “didáctico-pedagógico” de produto que se aproxima do conceito de “tâche” também utilizado na didáctica da língua francesa.
A jeito de conclusão, este terceiro módulo de formação foi portador de imensas novidades tanto ao nível da leitura, mas, sobretudo, ao nível das sequências didácticas. Assim, e devido às inovações, precisamos de rever particularmente os aspectos relaconados com a planificação e as sequências didácticas, sob pena de desvirtuarmos a validade e a proficuidade deste Novo Programa.

Atalhada, 11 de Abril de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

4ª sessão de replicação

Ontem, dia vinte e um de Janeiro, reuniram-se novamente os docentes de Língua Portuguesa do 3º ciclo da Escola Secundária Domingos Rebelo para darem cumprimento à seguinte ordem de trabalhos: A compreensão oral; Análise do programa com base num guião de leitura.
Depois da distribuição de um conjunto de fotocópias consideradas relevantes para a compreensão da dinâmica da Oficina de escrita ( Oficinas de escrita modos de usar de António José Vilas-Boas), uma vez que poucos docentes tinham acesso à obra, concentrámos as nossas atenções na competência da Compreensão Oral.
Para isso, projectei os materiais disponíveis na plataforma criados a partir do texto “A estrela de água”, que foram atentamente analisados pelos colegas. Seguidamente ,utilizei a sequência de diapositivos sobre o assunto em análise e disponibilizada no segundo módulo de formação.
Esta projecção possibilitou a troca de experiências entre os colegas e a consciência do que já é feito e do que é preciso fazer.
No que diz respeito à segunda parte da sessão, considerei pertinente partilhar com os meus colegas uma versão aperfeiçoada das respostas ao guião de leitura do programa que havia sido resolvido em grupo no primeiro módulo de formação. Achei que essa poderia ser uma forma de fechar o ciclo de sessões de replicação que já se prolonga há três sessões, uma vez que nos permite recuperar a dimensão interciclos e de progressão do Novo Programa.
Ainda antes de terminarmos a reunião, tivemos alguns minutos para partilhar produções recentes de materiais de colegas já com a metodologia do Laboratório Gramatical.
Senti que os colegas aproveitaram essas últimas quintas-feiras à tarde não só para conhecerem o Novo Programa, mas também para partilharem experiências, o que é sempre profícuo.

teste Formonline

Iniciado em
Sexta, 23 Outubro 2009, 15:59
Data de conclusão
Sexta, 23 Outubro 2009, 16:13
Tempo gasto
14 minutos 11 segundos
Pontuações
70.75/100
Nota
7.1 out of a maximum of 10 (71%)
Question 1
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.Os alunos do 3.º ciclo atingirão uma desenvoltura progressiva nas formas de ler e de interpretar uma grande variedade de tipos de textos se, no 2º ciclo, lerem muitas narrativas da literatura infanto-juvenil.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 6/6.
Question 2
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
Os alunos do 2º ciclo desenvolverão maior autonomia no tratamento da informação fornecida no modo oral, se tiverem aprendido, no 1º ciclo, a recorrer a técnicas para registar e organizar informação.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 6/6.
Question 3
Pontuações: 7
Seleccione as opções que correspondem a conceitos-chave do programa.
Escolha pelo menos uma resposta
Escolha pelo menos uma resposta

a. Corpus textual

b. Desempenho

c. Objectivos

d. Conteúdo

e. Competência
Parcialmente correcto
Pontuação para esta pergunta: 2.3/7.
Question 4
Pontuações: 7
Escolha as alternativas que correspondem à perspectiva defendida no texto programático para completar a afirmação «O professor de português é...»
Escolha pelo menos uma resposta
Escolha pelo menos uma resposta

a. ... o responsável pelas decisões de operacionalização

b. ... o promotor das propostas do(s) manual(is)

c. . ... o gestor de recursos variados

d. ... o transmissor dos conteúdos elencados no programa

e. ... o agente do desenvolvimento curricular

f. ... o facilitador de contextos de aprendizagem significativos.
Parcialmente correcto
Pontuação para esta pergunta: 3.5/7.
Question 5
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
Os alunos do 2º ciclo serão capazes de sistematizar aspectos essenciais do conhecimento explícito da língua (CEL), se tiverem aprendido, no 1º ciclo, a explicitar regras e procedimentos nos diferentes planos.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Incorrecto
Pontuação para esta pergunta: 0/6.
Question 6
Pontuações: 7
Indique os referenciais que o Professor de Português deve ter em conta na tomada de decisões de operacionalização do Programa.
Escolha pelo menos uma resposta

a. Projecto Curricular de Turma

b. Programa de Português do Ensino Básico

c. Quadro Europeu Comum de Referência

d. Projecto Educativo de Escola

e. Manual adoptado
Parcialmente correcto
Pontuação para esta pergunta: 4.7/7.
Question 7
Pontuações: 7
Da lista de documentos e iniciativas a seguir apresentada, escolha o referencial que não foi tido em conta na reelaboração do Programa de português.
Seleccione uma resposta.
Seleccione uma resposta.

a. Português Língua não Materna no Currículo Nacional (2005)

b. A Língua Materna na Educação Básica: competências nucleares e níveis de desempenho (1997)

c. Currículo Nacional do Ensino Básico. Competências Essenciais (2001)

d. Programa Nacional do Ensino do Português (2006)

e. Plano Nacional de Leitura (2007)

f. Dicionário Terminológico (2008)
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 7/7.
Question 8
Pontuações: 7
Escolha a sequência que corresponde à respectiva estrutura.
Currículo Nacional do Ensino Básico
Escolha... Objectivos, conteúdos Competências gerais, competências específicas, conteúdos Competências, descritores de desempenho, conteúdos

Programa de 1991
Escolha... Objectivos, conteúdos Competências gerais, competências específicas, conteúdos Competências, descritores de desempenho, conteúdos

Programa de Português do Ensino Básico, 2009
Escolha... Objectivos, conteúdos Competências gerais, competências específicas, conteúdos Competências, descritores de desempenho, conteúdos

Correcto
Pontuação para esta pergunta: 7/7.
Question 9
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
Os alunos do 3º ciclo vão-se apropriando de mecanismos textuais progressivamente mais complexos em que utilizam a linguagem escrita para pensar, para comunicar e para aprender se, no 2.º ciclo, tiverem usado regularmente a escrita para responder a questionários de interpretação dos textos lidos.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 6/6.
Question 10
Pontuações: 7
Na lista a seguir, assinale quatro critérios relevantes para a constituição dos corpora textuais nos três ciclos.
Escolha pelo menos uma resposta
Escolha pelo menos uma resposta

a. Representatividade dos textos

b. Complexidade dos textos

c. Diversidade textual

d. Intertextualidade

e. Literariedade das obras

f. Integridade das obras
Parcialmente correcto
Pontuação para esta pergunta: 1.8/7.
Question 11
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
No 1.º ciclo, os alunos deverão ser capazes de utilizar com autonomia processos de planificação, textualização e revisão, com recurso a instrumentos de apoio e ferramentas informáticas.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 6/6.
Question 12
Pontuações: 7
Seleccione a opção que não constitui um princípio orientador do Programa.
Seleccione uma resposta.
Seleccione uma resposta.

a. Exclusividade do texto programático para garantir a todos uma relação com a língua norteada pelo rigor, correcção e adequação

b. Integração das competências gerais e específicas enunciadas no currículo nacional

c. Papel identitário e patrimonial da língua portuguesa nas suas múltiplas componentes: cultural, histórica, social, artística, geográfica, simbólica...

d. Progressão coerente e sequenciada entre ciclos e articulação com o ensino secundário

e. Transversalidade do Português enquanto língua de escolarização
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 7/7.
Question 13
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
No final do 4.º ano, os alunos deverão ser capazes de dizer textos poéticos memorizados com clareza e entoação adequadas.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Incorrecto
Pontuação para esta pergunta: 0/6.
Question 14
Pontuações: 6
Assinale a afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
Os alunos do 3.º ciclo serão capazes de expor e comparar ideias, desenvolver raciocínios e pontos de vista, argumentar e contrapor opiniões, analisar e avaliar as intervenções de outros se, no 2º ciclo, tiverem aprendido a apresentar e defender opiniões, justificando com pormenores ou exemplos e terminando com uma conclusão adequada.
Resposta:
Verdadeiro Falso
Correcto
Pontuação para esta pergunta: 6/6.
Question 15
Pontuações: 9
Escolha o Conteúdo que está associado a cada um dos Descritores de Desempenho.
3.º ciclo: Sistematizar funções sintácticas internas ao grupo verbal.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

2.º ciclo: Distinguir funções sintácticas de constituintes exigidos e não exigidos pelo verbo.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

2.º ciclo: Respeitar princípios reguladores da actividade discursiva, na colocação de perguntas.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

3.º ciclo: Reformular posições na interacção oral, considerando pontos de vista contrários.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

2.º ciclo: Distinguir traços característicos do oral.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

3.º ciclo: Reproduzir o material ouvido recorrendo a técnicas de reformulação.
Escolha... Estratégias discursivas Pertinência e cooperação/Frase interrogativa Texto oral e texto escrito Complemento, predicativo, modificador Relato, paráfrase e síntese Complemento modificador

Parcialmente correcto
Pontuação para esta pergunta: 7.5/9.
Nome de utilizador: Rute Sousa. (Sair)
FPP

3ª sessão de replicação - dia 14 Janeiro

Ontem, dia 14 de Janeiro ocorreu a terceira sessão de replicação dos Novos Programas de Língua Portuguesa na Escola Secundária Domingos Rebelo.
A reunião teve início com a recuperação da leitura do GIP do CEL, tendo novamente reiterado a necessidade de encarar o Conhecimento Explícito da Língua como uma competência nuclear ainda que transversal. Foi feita uma leitura seleccionada e comentada de excertos do Programa referentes ao CEL, tendo , também, o grupo de trabalho reflectido sobre algumas das propostas de actividades apresentadas no CEL e analisado a lista de verificação das actividades de conhecimento explícito da língua. Apresentei ainda a obra Oficinas de escrita modos de usar de António José Vilas-Boas, tendo aconselhado a sua leitura atenta.
Em relação à produção escrita, foram visionados e comentados os diapositivos referentes a esta competência, que estão disponíveis na plataforma moodle .
Como balanço final da sessão, devo salientar que os colegas consideram que, por vezes, nas propostas de laboratório gramatical e noutras actividades do CEL alguns passos são dispensáveis. Em relação à oficina de escrita, metodologia já do conhecimento do grupo de trabalho, acham-na bastante enriquecedora, mas muito morosa, daí a necessidade de também no 7º e no 8º anos a carga lectiva dos alunos ser aumentada em um segmento, tal como aconteceu para o 9º ano.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

material da 1º replicação

Escola Secundária Domingos Rebelo
Formação no Âmbito dos Novos Programas de Português para o Ensino Básico
Replicação do 1º módulo – 1 e 2 de Outubro

Ø O Programa de Português do Ensino Básico, homologado em Março de 2009, encontra-se disponível em http://sitio.dgidc.min-edu.pt. Também está disponível na reprografia um exemplar para fotocópia.

Ø O Novo Programa será implementado em 2010/2011 nos 1º, 3º, 5º e 7º anos.

Ø A acção de formação abrange cerca de 80 professores, distribuídos por quatro turmas, com os seguintes locais de formação: EBI Canto da Maia ( duas turmas) , ES Jerónimo Emiliano de Andrade e EBS de São Roque do Pico.
Ø A formação divide-se em 50 horas presenciais e 70 horas em formação à distância
( plataforma Moodle).
Ø O acompanhamento nas escolas será realizado pelos professores participantes na formação, em reuniões, com uma periodicidade mensal, a marcar pelos Conselhos Executivos, nos dias definidos para o efeito.

Ø Na Região Autónoma dos Açores, a formação para o novo Programa de Português será dada em articulação com a implementação do Currículo Regional e com a elaboração do Plano Regional de Leitura.
Þ O Currículo Regional pretende a selecção de temas transversais da açorianidade e a produção de materiais adaptados a essas temáticas.
Þ A SREF está a tentar implementar o PNL nos Açores, enquanto a equipa de Língua Portuguesa do Currículo Regional está a elaborar o PRL.
Ø A Formação está a cargo dos seguintes docentes: José Carlos Pereira, Serafina Roque, Gabriela Rodrigues, Filomena Morais e Arminda Magalhães.

O contexto em que se formaram os Novos Programas :
« Dificuldades dos alunos (devidamente comprovados pelos estudos PISA 2000 e pelo Projecto Investigação e Ensino da Língua Portuguesa (IELP)
« Dificuldades/Necessidades sentidas pelos professores
1. Ausência de materiais de apoio fiáveis, de qualidade;
2. Os manuais escolares são referidos como importantes instrumentos de trabalho e de avaliação. A estruturação das actividades e a tipologia de exercícios propostos pelos professores aos seus alunos têm eco nas propostas dos manuais;
3. Há mudanças na aula de Língua Portuguesa, ainda que permaneça um modelo tradicional, assente na exposição e na aplicação, construído em torno da leitura orientada do texto literário;
Mas …
A escrita conquistou o seu lugar nas aulas de língua materna, com o trabalho de aperfeiçoamento e de reescrita.
A oralidade parece ser ainda mais invocada do que trabalhada, dado que é muitas vezes entendida como o diálogo espontâneo em sala de aula.
O funcionamento da língua é trabalhado, mas com pouco investimento nas novas situações de uso.
É necessário ir mais além na progressão da complexidade das tarefas e na selecção de actividades adequadas ao objectivo de aprendizagem, para que não surjam as mesmas tarefas em todos os anos e para trabalhar qualquer conteúdo.
O rigor e a uniformização no domínio da metalinguagem trarão vantagem no diálogo entre todos os intervenientes.
« Dificuldades do sistema
Torna-se necessário articular todos os textos programáticos anteriormente desligados:
Þ Programas de 1991;
Þ O Currículo Nacional do Ensino Básico. Competências Essenciais (2001)- define as competências gerais e as competências específicas estabelecidas para aquele nível de ensino, incluindo para a disciplina de Português;
Þ O Programa Nacional do Ensino do Português – em curso desde 2006, procura aprofundar a formação dos professores de Português do 1º ciclo;
Þ O Plano Nacional de Leitura – a decorrer desde 2007;
Þ A Conferência Internacional sobre o Ensino do Português - que decorreu em Lisboa, em Maio de 2007 e da qual emanou um conjunto de recomendações;
Þ O Dicionário Terminológico – publicado em 2008 e disponível na DGIDC, fixa os termos a utilizar no conhecimento explícito da língua.
« Recomendações da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português ( 7 a 9 de Maio de 2007)
( ver material da formação em powerpoint)

Trabalho do 1º Módulo ( aperfeiçoado individualmente)

Organização programática --Guião de Análise
1º ciclo
1.Organização do programa do 1º ciclo do Ensino Básico
O programa do 1º ciclo do Ensino Básico está organizado em dois momentos: primeiro momento destinado aos primeiro e segundo anos; segundo momento destinado aos terceiro e quarto anos.

2.Traços distintivos entre o primeiro e o segundo momentos do 1º ciclo.
No primeiro momento, é valorizada a oralidade pela sua dupla função carácter adaptativo e de capacitação dos alunos. É também nesta fase que os alunos tomam consciência das relações essenciais entre a língua falada e a língua escrita e se desenvolvem as condições básicas para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Quanto ao segundo momento, assume-se como fundamental o modo como o texto escrito se organiza com o uso correcto da pontuação, o alargamento do reportório lexical e o domínio de uma sintaxe mais elaborada. No domínio da leitura, processa-se a aprendizagem gradual de procedimentos de compreensão e de interpretação textual, associados à promoção do desenvolvimento linguístico dos alunos, à sua formação como leitores e à ampliação do conhecimento experimental sobre a vida e o mundo. É ainda nesse momento que o convívio com textos literários adequados à faixa etária e a descoberta de diversas modalidades de texto possibilitam o desenvolvimento da rapidez e da fluência necessárias à sua formação enquanto leitores.

3. Resultados esperados nas competências específicas de compreensão do oral e de expressão oral.
Compreensão do oral
1º momento
2º momento
Ø Saber escutar para reproduzir pequenas mensagens e para cumprir ordens e pedidos.
Ø Prestar atenção a breves discursos sobre assuntos que lhe são familiares, retendo o essencial da mensagem.
Ø Compreender o essencial de histórias contadas, de poemas e de textos da tradição oral.
Ø Saber escutar, para organizar e reter informação essencial, discursos breves em português padrão com algum grau de formalidade.
Ø Distinguir entre facto e opinião, informação implícita e explícita, o que é essencial do que é acessório.


Expressão Oral
1º momento
2º momento
Ø Falar de forma clara e audível.
Ø Esperar a sua vez, saber pedir a palavra.
Ø Formular pedidos e perguntas tendo em conta a situação e o interlocutor.
Ø Narrar situações vividas e imaginadas.


Ø Pedir e tomar a palavra e respeitar o tempo de palavra dos outros.
Ø Planificar e apresentar exposições breves sobre temas variados.
Ø Produzir breves discursos orais em português padrão com vocabulário e estruturas gramaticais adequados.

4. Heterogeneidade de textos a privilegiar no 1º Ciclo.
Ao longo do 1º ciclo, os alunos devem contactar com múltiplos textos em diferentes suportes e formatos, de diferentes tipos e com finalidades distintas, considerando o domínio do texto literário e o do não literário. No que diz respeito aos textos literários, devem merecer atenção tanto os textos clássicos como os contemporâneos, tanto os de autores portugueses como os de autores estrangeiros, cobrindo um vasto leque de géneros, incluindo textos do maravilhoso e do fantástico, narrativas com


forte ligação ao real, narrativas de aventura, textos dramáticos, fábulas, lendas, mitos, poesias, textos de literatura popular e tradicional, biografias e relatos históricos, entre outros. Em relação aos textos não literários, são os que possibilitam diferentes formas de representar e de organizar a informação (descrição, comparação e contraste, causa e efeito, sequência e enumeração, mapas, gráficos, tabelas e esquemas diversos, entre outros) que devem ser seleccionados, a par dos textos do quotidiano, aos quais recorremos para nos inserirmos no meio em que vivemos: notícias, bilhetes, formulários, instruções, horários, informação que consta nas embalagens dos produtos de consumo habitual, etc.

5. Expressões relevantes que dão a dimensão da concepção de exercícios efectivos de escrita para os alunos do 1º Ciclo.
A aprendizagem da escrita implica o desenvolvimento de três competências: a competência gráfica (relativa ao desenho das letras); a competência ortográfica (relativa ao domínio das convenções da escrita); a competência compositiva (relativa aos modos de organização das expressões linguísticas para formar um texto).

6. Etapas da planificação das actividades de escrita.
As actividades de escrita desenvolvem-se a partir de três componentes: planificação, textualização e revisão.

7. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
Todo o processo de escrita é organizado, executado e avaliado sob a regulação do professor.

8. Actividades que promovem a transformação do conhecimento implícito em conhecimento explícito da língua.
O conhecimento explícito da língua é transversal às várias competências específicas (compreensão e expressão oral, leitura e escrita), devendo, no entanto, merecer um cuidado especial e momentos de trabalho autónomo – trabalho oficinal.

9. Aspecto relevante introduzido pelo actual programa no que concerne a procedimentos de acesso à informação.
O aspecto relevante refere-se à utilização das tecnologias da informação e comunicação (valorização das TIC), assim como a uma sala de aula equipada com referenciais expostos e de fácil acessibilidade, de forma a possibilitar ao aluno o trabalho autónomo.

2º ciclo

1. Organização do programa do 2º Ciclo do Ensino Básico.
Na elaboração do texto programático são adoptadas, como quadro de referência, as competências gerais e as cinco competências específicas definidas no Currículo Nacional do Ensino Básico (CNEB): compreensão do oral, expressão oral, leitura, escrita e conhecimento explícito da língua.
Em relação às cinco competências, considera-se que é no 5º ano que se consolidam as aprendizagens realizadas no 1º ciclo e que é no 6º ano que se lançam os alicerces para as aprendizagens que virão a ter lugar no 3º ciclo. Assim, o 5º ano deve implicar o alargamento do repertório lexical, a consolidação de estruturas gramaticais complexas, a manipulação de dados e tipologias textuais em diferentes suportes. O 6º ano deve privilegiar a distinção clara entre modalidades discursivas informais e formais e o uso adequado destas últimas; o desenvolvimento da fluência na leitura e da proficiência na construção de sentido(s) no modo escrito e no modo oral; um maior investimento na planificação, na textualização e na revisão de textos.








2. Relação de progressão no que respeita aos resultados esperados nas competências específicas de compreensão do oral e de expressão oral no 1º e 2º Ciclos.
Os resultados esperados nas competências específicas de compreensão e expressão oral obedecem ao princípio da progressão, não podendo os alunos avançar sem terem adquirido as competências do ciclo anterior.
Ex: 3º e 4º anos – “Distinguir entre facto e opinião, informação implícita e explícita, o que é essencial do que é acessório” / 5º e 6º anos – “Interpretar a informação ouvida, distinguindo o facto da opinião, o essencial do acessório, a informação explícita da informação implícita”.

3. Critérios para a constituição dos corpora textuais no 2º ciclo.
O “corpus textual”deve ser enquadrado pelo Projecto Curricular de Turma ou pelo Projecto Educativo de Escola e atender a cinco critérios prioritários: a representatividade e qualidade dos textos; a integridade das obras; a diversidade textual; a progressão e a intertextualidade.

4. Explicitação de resultados esperados na escrita no 2º Ciclo.
A nível da escrita, os alunos deverão ser capazes de:
§ Escrever para responder a diferentes propostas de trabalho, recorrendo a técnicas de selecção, registo, organização e transmissão da informação.
§ Utilizar com autonomia processos de planificação, textualização e revisão, com recurso a instrumentos de apoio e ferramentas informáticas.
§ Escrever em termos pessoais e criativos, em diferentes suportes e num registo adequado ao leitor visado, adoptando as convenções próprias do tipo de texto.
§ Produzir textos coerentes e coesos em português padrão, com tema de abertura e fecho congruente, com uma demarcação clara de parágrafos e períodos e com uso correcto da ortografia e da pontuação.

5. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
A escrita processual decorre sob a orientação do professor, que cria momentos específicos de trabalho de oficina de escrita.

6. Actividades que promovem a transformação do conhecimento explícito da língua.
Reinvestido na melhoria dos desempenhos nas outras competências, as actividades de oficina de escrita e laboratório de língua são formas de transformação do conhecimento explícito da língua.

7. Formas de utilização das TIC no apoio ao trabalho nas competências específicas.
As TIC devem ser utilizadas como ferramentas de apoio ao trabalho nas competências específicas. Assim, importa dar ao aluno oportunidades para:
§ Utilizar criticamente a Internet na busca e no tratamento de informação multimodal, em função de diferentes objectivos de estudo;
§ Utilizar programas informáticos tendo em vista uma apresentação cuidada de trabalhos;
§ Utilizar programas de processamento e edição de texto para as tarefas de revisão da escrita;
§ Trocar e partilhar informação por via electrónica, respeitando regras de comportamento no uso da Internet;
§ Ser crítico, relativamente ao uso das TIC no acesso à informação, na resolução de problemas ou na produção de trabalho criativo.

3º Ciclo
1. Organização do programa do 3º Ciclo do Ensino Básico.
O programa do 3º ciclo está organizado pressupondo a compreensão da adolescência como um período associado a transformações nas dimensões cognitiva, física, afectivo-emocional e sociocultural. Assegura-se, assim, situações didácticas que possam contribuir para a formação do indivíduo, ampliando as suas possibilidades de participação no exercício da cidadania.



2. Traços distintivos entre o 2º e o 3º ciclos.
§ A não separação entre compreensão e expressão oral no 3º ciclo;
§ Desenvolvimento da capacidade de pesquisa;
§ Alargamento e complexificação de formas de raciocínio, de organização e de comunicação de saberes e pontos de vista pessoais;
§ Uso reflexivo da linguagem;
§ (…)
3. “Corpus textual” a privilegiar no 3º ciclo.
Este “corpus” surge no Programa sob a forma de “mínimos referenciais”. Ver por isso página 138.

4. Expressões relevantes que dão a dimensão da concepção de exercícios efectivos de escrita para os alunos do 3º Ciclo.
No 3º ciclo, o exercício da escrita visa a consolidação das aprendizagens relativas aos formatos textuais mais familiares e usuais, passando também pelos textos de cunho pessoal e pelo alargamento da experiência da escrita a formatos textuais mais complexos (texto argumentativo). Para além disso, é também importante a apropriação mais sistematizada do conhecimento e de hábitos de planificação do discurso, assim como o trabalho de revisão de textos, feito autonomamente, com o professor ou em colectivo, proporcionando uma reflexão aos alunos e assim a correcção dos erros, clarificação de ideias e reorganização do texto. Com a ajuda do professor, os alunos interiorizam mecanismos de autocorrecção.

5. Papel do professor nas diferentes etapas da escrita processual.
O professor deve proporcionar aos alunos experiências em que eles desenvolvam a capacidade de produzir textos para narrar, descrever, expor, explicar, comentar ou argumentar, integrados em projectos de escrita com ligação ao trabalho sobre os textos literários. O professor tem, antes de mais, um papel de apoio junto do aluno que se quer cada vez mais autónomo.

6. Actividades que promovem a transformação do conhecimento explícito da língua.
O CEL é trabalhado através de actividades de sistematização, actividades de carácter oficinal, reflexões sobre a língua, participação na construção de utensílios,…

7. Um exemplo da progressão vertical interciclos, a partir de um descritor de desempenho.

Ler para apreciar textos variados
Ciclo de ensino
Descritor de desempenho
1º ciclo
Ler e ouvir ler obras de literatura para a infância e reagir ao texto.
2º ciclo
Seleccionar, por sua iniciativa e de acordo com o seu gosto pessoal, obras
de extensão e complexidade crescente.
3º ciclo
Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão
e complexidade dos livros e outros materiais que selecciona.

2ª replicação

Ontem, dia 7 de Janeiro, com a duração de cerca de noventa minutos, teve lugar, na Escola Secundária Domingos Rebelo, a segunda reunião de Replicação dos Novos Programas de Português, contando com a participação dos docentes que leccionam a disciplina ao 3º ciclo.
Iniciando a reunião com a projecção do "puzzle sobre a prática integrada das várias competências", centrei, depois, a nossa reflexão no Conhecimento Explícito da Língua, enquanto competência nuclear ainda que transversal. Para isso, projectei algumas expressões e excertos do Programa de Português que julgo pertinentes para o entendimento do tipo de trabalho que se pretende para o desenvolvimento da capacidade de conhecer e explicitar a forma como a nossa língua funciona. Abordei, assim, entre outros, a existência dos vários planos do CEL, os resultados esperados e a necessidade de anualização, remetendo sempre para a consulta do Programa. Alertei, também, para a consulta das Brochuras do PNEP que constam no "site" da DGIGC e apresentei uma proposta de anualização referente ao verbo.
Numa segunda parte da reunião, disponibilizei algumas fotocópias do GIP do CEL, apresentando o documento de trabalho.Salientei, contudo, a necessidade de uma leitura individual das suas páginas iniciais antes da apresentação das propostas de actividades.
Tivemos, ainda, alguns minutos para folhear e tentar compreender o que é uma actividade de Laboratório Gramatical, a partir do exemplo disponível nos recursos do moodle da Formação.
Ao longo da sessão, os colegas mostraram-se atentos e receptivos, ainda que se sintam sobrecarregados com tantas solicitações.
A sessão de trabalho terá continuação na próxima semana, na Quinta-Feira, como foi definido desde o início do ano lectivo, uma vez que esse bloco de noventa minutos é comum aos professores do 3º ciclo e faz parte da sua componente não lectiva.
a formanda
Rute Melo e Sousa

1ª replicação

replicacao_1o_modulo.doc
Boa Noite!
Na Escola Secundária Domingos Rebelo,a primeira reunião de replicação decorreu no dia 22 de Outubro, convocada pela presidente do Conselho Executivo e com a presença dos docentes que leccionam actualmente o 3º ciclo. Em cerca de noventa minutos e com uma acta, posteriormente lida e aprovada em sede de Departamento, apresentei um conjunto de informações que considerei pertinentes para que os meus colegas conseguissem perceber o que se pretende com a presente formação e a forma como esta está organizada.Para isso, entreguei-lhes um esquema que junto em anexo a esta mensagem.
Depois deste primeiro momento de introdução, fiz uma apresentação seleccionada do material disponibilizado no primeiro módulo de formação em relação a: "Recomendações da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português (7 a 9 de Maio)"; "Fundamentos e conceitos-chave"; "Compreensão e Expressão Oral".
Antes de terminar a sessão, projectei também algumas expressões sobre as "Potencialidades do Novo Programa".
A segunda sessão de replicação está já agendada, também com convocatória, para o dia 7 de Janeiro, prevendo a necessidade de, pelo menos, fazer três sessões consecutivas. Desta forma, estou, neste momento, a tentar preparar a sessão da primeira semana sobre o Conhecimento Explícito da Língua. Para a essa reunião estou já a estudar O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Linguística de Inês Duarte e o GIP do CEL.
A maior dificuldade que tenho deve-se à falta de tempo ou então a não conseguir conciliar tudo o que preciso e devo fazer.
Quanto aos colegas, aquando da primeira reunião, não levantaram muitas questões, tendo, no entanto, consciência da enorme responsabilidade e capacidade de trabalho que lhes vão ser pedidas nos próximos meses.
Votos de um bom trabalho para todos e de um merecido descanso natalício
Rute Melo e Sousa
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Re: Acompanhamento
por Rute Sousa - Quarta, 23 Dezembro 2009, 21:47

Potencialidades_do_Novo_Programa.ppt
Por lapso, a projecção sobre "As potencialidades do Novo Programa" não foi anexada.
Mais uma vez, votos de um Bom Natal para todos.
Rute Melo e Sousa
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2º Módulo de Formação dos Programas de Português do Ensino Básico
( 12 e 13 de Novembro)

Reflexão

Após alguns minutos catárticos e sublimadores de angústias, ansiedades, medos e contestações, o segundo módulo de formação iniciou-se com uma breve actividade de grupo intitulada “Cruzar percepções de práticas e analisar necessidades no CEL”.
Com esta actividade, que foi depois alargada ao grande grupo constituído pelas duas turmas, pudemos partilhar práticas e reflectir sobre a necessidade de reformular metodologias e técnicas de abordagem. Desde logo, pude constatar que a Nova Terminologia da Gramática é também motivo de preocupação por parte dos meus colegas.
Depois, a partir de um estudo da DGIDC, fomos confrontados com a “Visão global da experiência dos docentes relativamente ao ensino da Língua Portuguesa”, o que nos permitiu centrar a nossa atenção no Conhecimento Explícito da Língua, enquanto competência nuclear e desenvolver um exercício de anualização.
Este exercício revelou-se muito proveitoso pela sua dimensão alargada aos três ciclos de ensino, o que nos possibilitou, mais uma vez, um trabalho em dinâmica de progressão de ciclos.
No segundo dia, a actividade de análise de propostas de escrita recolhidas em vários manuais revelou-se extremamente consciencializadora das nossas falhas, dos nossos progressos e também das nossas pequenas vitórias. Mais uma vez insistiu-se na escrita processual, na divulgação dos textos, nas etapas da escrita, na revisão do texto e nas listas de verificação.
Devo confessar que, no dia 13 de Novembro, ao sair da Escola Canto da Maia, levava comigo uma carga enorme de informação , de dúvidas, de sentimentos de incapacidade e uma enorme vontade de parar um pouco e , como se fosse possível, esquecer tudo o que me tinha sido pedido,… ainda que a minha preocupação principal seja em relação aos meus colegas de escola, pois são eles que eu represento e eles contam comigo para servir de elo de ligação para todas as solicitações que o Novo Programa nos apresenta.


Percebi, no entanto, que tinha três prioridades fundamentais: dar a conhecer aos professores de Língua Portuguesa da minha escola o Programa; treinar com eles exercícios de anualização; produzir materiais e explorar os guias de implementação do programa (GIP).
Em relação à anualização, fiquei confusa, mas, talvez com uma leitura atenta da documentação de apoio, consiga encaminhar os meus colegas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1º Módulo - 1 e 2 de Outubro (Reflexão)

Nos passados dias 1 e 2 de Outubro, frequentei o primeiro módulo da formação no Âmbito dos Novos Programas de Português para o Ensino Básico.
Foi assim com regozijo que revi colegas e tive a oportunidade e o privilégio de participar nos trabalhos que se desenvolveram ao longo desses dois dias.
Depois da sessão de abertura com a representante da DREF, Dra Lucília Gonçalves e de uma comunicação de enquadramento geral do curso a cargo da professora Dra Susana Leal, os trabalhos continuaram com a apresentação do curso e da sua organização, partindo, depois, para uma contextualização do novo programa, assim como para a apresentação dos seus fundamentos e conceitos-chaves. O dia terminou com um trabalho de grupo que consistiu numa análise do programa com base num guião de leitura.
Neste primeiro momento de trabalho prático, tivemos a oportunidade de folhear o programa, o que se tornou bastante enriquecedor, embora nem sempre fácil devido à incipiente leitura prévia do mesmo.
Ao apresentarmos o resultado da análise do programa, feita com membros dos vários níveis de ensino, pudemos completar e confrontar respostas, o que se revelou muito proveitoso.
O momento mais importante da formação surgiu aquando da apresentação da comunicação sobre as competências do oral. Aí, pude, com alguma angústia, certificar-me que, embora já tenha ensaiado alguns momentos de trabalho da oralidade, o que tenho feito nos últimos tempos ,no que diz respeito a esta competência, é praticamente a avaliação da compreensão oral de textos e a avaliação da expressão oral através da apresentação das leituras recreativas. Não posso, no entanto, esquecer que no início do ano lectivo, junto com outras duas colegas tentámos uma avaliação de diagnóstico, baseada numa leitura de imagens, devidamente planificada com os alunos do sétimo ano.
E agora permitam-me a partilha:
O que mais apreciei na formação: tomar consciência da realidade de outras escolas e de outros colegas.
O que mais me agradou: a valorização do conhecimento explícito da língua e da oficina de escrita.
O que mais me angustia: a dificuldade de criar materiais para o desenvolvimento da competência da oralidade (Onde encontrar os documentos audiovisuais? Como gravar os programas? Como definir a variedade e a qualidade do corpus textual ?).
O que me deixou satisfeita: as recomendações da conferência Internacional sobre o Ensino do Português (7 a 9 de Maio), mais especificamente o que diz respeito ao papel do professor na denúncia do erro, na transmissão de uma cultura literária refinada, no reforço do ensino da gramática, e naquela expressão magistral “seja culto, exigente e claro na denúncia do erro”.
O que menos me agradou: as intervenções por mim consideradas de menos pertinentes, que nos fizeram, depois, optar por uma gestão de tempo menos enriquecedora, uma vez que a competência da oralidade poderia ter sido trabalhada com mais profundidade e com uma concretização mais intensa de exemplos.
O que mais me preocupa: estar à altura das expectativas dos meus colegas da escola. Serei capaz de replicar devidamente? Conseguirei motivá-los para o longo e árduo trabalho que temos pela frente?
A minha frase preferida: “ Se eu sei ensinar isso, corre bem!” da autoria da formadora Filomena Morais.
Que grande verdade! Não basta sabermos muito sobre um assunto, é preciso encontrar a forma mais interessante, mais cativante, mais organizada, mais eficaz de ensinar esse mesmo conteúdo, e até mesmo de desenvolver essa competência.
A verdade que dói: “O manual é uma leitura do programa” - Quantas e quantas vezes, procuro operacionalizações, soluções, materiais, nos manuais, não indo directamente ao programa e aí assumo o “ mea culpa”, embora ache que ao longo desses anos tenha sabido, quase sempre, separar o trigo do jóio em relação às propostas trazidas pelos manuais.
A minha esperança: conseguir ultrapassar todas as minhas lacunas no domínio das novas tecnologias e compilar o meu e-portefólio.
A minha maior esperança: chegar a Junho com a certeza do dever cumprido e com a firme convicção de que fiz o meu melhor.
O que me anima: a certeza de que estou a crescer como profissional e de que está nas minhas mãos contribuir para que outros também possam repensar as suas práticas de ensino e de avaliação.
O que me deixa receosa: não ter ainda contribuído para o enriquecimento da formação on-line, com a participação nos fórum, chat,….
O que me deixa tranquila: Já ter dinamizado a primeira sessão de acompanhamento (dia 22 de Outubro) e ter feito uma auto-avaliação positiva da minha prestação.

Que reflexão sobre o primeiro módulo de formação?

Depois de tudo o que vi e ouvi, tenho algumas certezas: preciso de estudar afincadamente o programa para depois reformular a minha prática lectiva; não posso continuar a centrar a actuação nos conteúdos e depois procurar as competências que poderei desenvolver.